Entrevistas com Cáio Ávila e Igor Jales  

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Como pré-requisito exigido para publicação em trabalho monográfico, posto aqui no blog da Rádio Estação a entrevista que fiz com Cáio Ávila, advogado, músico e apresentador do programa Jonny B Rock, que está no ar desde 2007 na Rádio Universidade de São Paulo (USP) FM. Conversei Também com Igor Jales, Jornalista, e ex-apresentador do Eu quero é Rock. Segue na integra as conversas que tive com os dois.


ENTREVISTA COM CÁIO ÁVILA

Uilque Lopes:

Em relação ao programa de rock, o que te levou a seguir este segmento?

Cáio Ávila:

Sempre ouvi rock desde criança. Com 5 anos (em 1970) já escutava os Beatles. Com 8 anos era fã do Alice Cooper, que tinha visitado o Brasil em 1973. Meu interesse pelo blues aconteceu quando B.B. King veio para São Paulo (em 1978) participar de um festival de jazz. A partir dái, além do rock, acrescentei o blues ao meu gosto musical.

Uilque Lopes:

O Programa toca todas as vertentes do rock?

Cáio Ávila:

O programa mostra aos ouvintes todas as tendências e fases do rock, os lados “B” dos discos (músicas não tão conhecidas), bandas de outros países, depoimentos de personalidades artísticas sobre os grandes álbuns etc. Tocamos todos os estilos do rock. Dos anos 50 até os 2000.

Uilque Lopes:

Como que você se migrou para o rádio?

Cáio Ávila:

Em 1994 comecei a fazer o programa Blues Power pela Rádio USP. Estava tocando em um bar em Pinheiros e o diretor da radio na época estava na platéia. Ele convidou três membros da banda (ente eles, eu) para fazer um programa de blues na Rádio USP. Durante 3 meses o programa foi apresentado por 3 pessoas e depois desse período eu assumi o comando sozinho e estou até hoje fazendo o Blues Power.

Uilque Lopes:

Porque escolheu o Nome Jhonny B Rock?

Cáio Ávila:

Pensei no nome Johnny B Rock, tendo obviamente como referência a conhecida canção de Chuck Berry, "Johnny B Good".

Uilque Lopes:

Qual é a sua visão em relação às rádios universitárias que aderiam o estilo rock?

Cáio Ávila:

Acho que as rádios universitárias têm um papel importantíssimo porque é no meio acadêmico que são formadas as opiniões. Portanto, creio que o principal papel da rádio universitária é formar opinião, por isso, é importante valorizar a boa música e os trabalhos desconhecidos de qualidade.

Uilque Lopes:

Você pretende mudar alguma coisa no programa Jhonny B Rock?

Cáio Ávila:

Pretendo começar a trazer bandas não conhecidas para os novos estúdios da rádio para tocarem ao vivo no Johnny B Rock. Acho que começaremos com isso no segundo semestre de 2008.


AGORA, A ENTREVISTA FEITA COM IGOR JALES, UM DOS INTEGRANTES DO EU QUERO É ROCK.

Uilque Lopes:

Em relação ao programa de rock, o que os levou a criar e seguir este segmento?

Igor Jales:

A idéia de criar o programa “Eu quero é Rock”, surgiu quando Paschoal, Fernando e eu, estávamos no quarto ou quinto período do curso de jornalismo (não lembro exatamente). Na época éramos colaboradores da Rádio Estação, produzindo notas jornalísticas e criando vinhetas. Devido ao gosto pelo rock’n roll, resolvemos criar nosso próprio programa e preencher um buraco que havia na programação das rádios da cidade.

Uilque Lopes:

O Eu Quero é Rock tocava todas as vertentes do rock?

Igor Jales:

Cada integrante do “Eu quero é rock”, sugeria quais seriam as músicas para cada programa. O interessante é que apesar de nós três gostarmos muito de rock, há algumas diferenças: O Paschoal gostava de rock mais pesado, como por exemplo, Ozzy, Iron Maiden, etc. O Fernando gostava mais do estilo do rock nacional (Charlie Brown, Los Hermanos, Tia Anastácia, etc) e eu gostava mais do rock internacional (Oasis, Pink Floyd, The Doors, etc). Essas diferenças de gosto eram boas, pois o programa ficava bem equilibrado musicalmente, apesar de ser segmentado, o estilo do rock que nós exibíamos no programa era bem variado.

Uilque Lopes:

Porque escolheram o Nome Eu quero é Rock?

Igor Jales:

Na época as duas maiores rádios eram a “Sucesso” e “Caledônia” (acho que ainda são as mais fortes), mas a programação musical era exageradamente comercial. As músicas repetiam várias vezes durante o dia e o estilo era, e acho que ainda é horrível (música para o “povão”). Nós sabíamos (Paschoal, Fernando e eu) que existia um público carente de rock’n roll e seria uma ótima experiência produzir um programa segmentado para um público jovem, misturando informação, boa música e humor. O nome veio na nossa cabeça como uma forma de protesto. Estávamos cansados de ouvir sempre o mesmo lixo cultural nas rádios comerciais da nossa cidade e então decidimos este nome como um reclame: EU QUERO È ROCK !!!

Uilque Lopes:

Qual é a sua visão em relação as rádio universitárias?

Igor Jales:

Acho que por ser uma rádio universitária sem intenções comerciais, nós tínhamos muita liberdade para inventar, experimentar novas vinhetas, estilo de apresentação, programação musical e até o conteúdo. Além de notas jornalísticas sobre o universo da música, eram exibidas no programa algumas notas de humor que retirávamos da internet. Geralmente eram relatos de fatos cômicos, exemplo: Um homem que comeu inúmeras baratas em um concurso (não lembro quantas), um velhinho que engravidou várias meninas, coisas desse tipo. O “Eu quero é Rock” ficou no ar durante um bom tempo. O programa fez muito sucesso e até hoje algumas pessoas comentam sobre o “Eu quero é Rock”. A Rádio Estação, proporcionou um ótimo aprendizado, para mim foi um excelente laboratório.

Estação Cadima é aprovado  

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A Universidade Estácio de Sá campus Nova Friburgo e a direção do Cadima Shopping confirmaram a parceria para desenvolver o projeto Rádio Estação Cadima em conjunto. Os alunos da universidade vão produzir os conteúdos da rádio e o shopping cede o espaço de veiculação deste material através do sistema interno de som. O projeto idealizado a mais de dois anos começou a ser posto em prática na última sexta-feira, dia 6 de junho.

Depois da produtora Fabrica de Idéias analisar o projeto e a aprovar a maneira que será conduzida a programação, o técnico responsável pela Rádio Estação, Paschoal Stutz produziu as 12 primeiras horas de programação que serão veiculadas até a sexta-feira (13). A nova programação deve ir ao ar ainda no sábado (14). A direção do shopping informou que cerca de 10 mil pessoas passam pelos corredores do Cadima por semana. Cada grade de programação, tem a duração 12 horas e conta com 4 locutores revezando nos horários.